As mudanças no campo jurídico internacional não acontecem de maneira isolada, mas são moldadas por um contexto mais amplo de interações entre diversos atores. Essas interações não se limitam a ações concretas, mas se expressam também no uso da linguagem. O uso de determinadas palavras, conceitos e termos reflete a forma como os participantes do campo entendem os fenômenos jurídicos e quais ideias eles consideram centrais ou marginais. Isso torna evidente que a linguagem no direito não é apenas um meio de comunicação, mas um elemento estruturante que define o poder de quem participa do debate.
Ao falarmos de discurso, estamos nos referindo a algo além do simples uso de termos técnicos: trata-se de um processo de construção de significados, no qual os atores posicionam-se e se relacionam de acordo com as forças que exercem no campo. Dessa forma, o modo como os problemas são enquadrados ou as soluções são propostas acaba revelando quais agentes possuem mais influência e quais estão à margem das decisões importantes. Assim, o discurso jurídico reflete e reforça as relações de poder, deixando claro quem dita as regras do jogo.
Por isso, não é surpresa que mudanças no discurso do campo jurídico estejam diretamente ligadas a transformações nas relações de poder entre os atores envolvidos. Quando novos protagonistas surgem ou antigos protagonistas perdem espaço, novas ideias e perspectivas começam a dominar o debate, alterando a forma como a prática jurídica é compreendida e aplicada. Assim, o direito se mostra tanto um instrumento de expressão de poder quanto um mecanismo que pode reconfigurar essas relações, criando um ciclo constante de disputa e redefinição.
Diante disso, cabe refletir: como essas mudanças no discurso jurídico impactam a evolução das práticas no campo tributário internacional? E mais, quem são os novos atores que estão moldando o futuro desse campo? Deixe sua opinião e contribua para o debate!