A formação de paradigmas em um campo de estudo molda não apenas a forma como os especialistas enxergam o mundo, mas também define quais questões são consideradas prioritárias e quais são relegadas a segundo plano. Na tributação, esse fenômeno se torna ainda mais evidente. Desde a academia até o exercício profissional, os tributaristas são inseridos em uma estrutura que orienta como pensar, quais comportamentos emular e quais problemas merecem atenção.
No contexto da tributação internacional, por exemplo, essa dinâmica cria um campo em que a análise econômica e jurídica predomina, direcionando o foco para questões que muitas vezes refletem os interesses de quem estabelece o paradigma dominante. Com isso, o debate passa a ser conduzido por uma agenda específica, onde certos tópicos se destacam enquanto outros são marginalizados.
Por que isso é relevante? Porque a escolha dos temas que se debatem não é neutra. Quando uma comunidade de especialistas e acadêmicos decide que um problema merece prioridade, há toda uma visão de mundo implícita por trás dessa escolha. Em outras palavras, aquilo que entendemos como “urgente” ou “relevante” depende do filtro imposto pelo paradigma dominante.
Isso gera um ponto de reflexão: será que estamos questionando o suficiente os parâmetros que definem o que é discutido no campo tributário? Será que não há questões igualmente importantes que estão sendo ignoradas simplesmente por não se encaixarem nos padrões atuais?
Com essas ideias, gostaria de abrir o debate: como você enxerga a influência dos paradigmas na forma como os temas tributários são abordados? É possível romper com essa dinâmica e trazer novas perspectivas para o centro do debate? Compartilhe suas ideias e vamos continuar essa conversa nos comentários!